segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Adolescentes e exposição na internet

 

É importante sempre conversar com os filhos 

Oi, gente!
Quase sempre escrevo aqui sobre a primeira infância, vocês sabem, mas hoje vou falar com os pais de adolescentes. É que todo mundo sabe que um vídeo mais sensual, uma foto sem roupa, um registro de uma noite quente podem se transformar em verdadeiras bombas se caírem em mãos erradas e se, em seguida, forem disponibilizados na internet. Os compartilhamentos são rápidos. E a vida das pessoas envolvidas viram um inferno. O problema é que todo mundo sabe, mas nem todo mundo se protege e aí tragédias acontecem, principalmente se entre as vítimas temos adolescentes, que têm ainda mais dificuldade para lidar com o julgamento dos outros.

Há alguns dias uma jovem goiana, conhecida como Fran, teve o vídeo feito com um ex-parceiro compartilhado milhares de vezes. Virou piada na internet e na cidade onde mora. Não sai mais de casa, não vai mais para a faculdade, de vergonha. Mudou a cor dos cabelos, o visual. Tudo pra não sofrer constrangimentos. Fez até boletim de ocorrência, mas nada impediu que o caso ganhasse proporções absurdas e ficasse conhecido nacionalmente.
Para uma menina de 17 anos, que morava no litoral do Piauí, o final foi ainda mais trágico, Júlia Rebeca não suportou as consequências de um vídeo de sexo compartilhado na internet e se suicidou. As imagens foram distribuídas por celulares na cidade. Ela se despediu da mãe por uma rede social e pouco depois foi encontrada com o frio da chapinha enrolada no pescoço.
Segundo a polícia, o número de casais que gravam vídeos de sexo é grande. O problema é que, quando o relacionamento acaba, surge a chamada "pornografia da revanche" e quem se sentiu lesado expõe e destrói a vida do outro. A dica para quem quer filmar ou fotografar cenas quentes, portanto, de acordo com os próprios policiais, é se proteger. Não revelar nas imagens o rosto, nome e nem a voz e não compartilhar nem enviar o material por email, mensagem ou rede social.
Eu não tenho filhos adolescentes, não sou especialista no assunto, não sou psicóloga nem delegada. Mas sou uma mulher com uma relativa vivência e mãe de duas meninas. Portanto, termino esse post sugerindo que você sente com seu filho ou filha hoje, na hora que der. Converse com ele (a). Peça que nunca faça esse tipo de coisa. Que se proteja, em todos os sentidos e que, se mesmo assim algo der errado, fale com você antes de tomar qualquer atitude. Para que outros casos, como o da Júlia Rebeca, não se repitam. Por favor!
Beijos
Pati

Infelizmente, o tema tratado por Patrícia Maldonado é muito comum nos dias de hoje, muitas pessoas veem suas vidas expostas na internet e acabam sofrendo com isso. E você, o que pensa a respeito deste assunto, deixe aqui no blog o seu comentário.

ABÇOS

PROFESSORA LEILA 

domingo, 24 de novembro de 2013

AULA DE PRODUÇÃO TEXTUAL PARA O NONO ANO

AULA DE PRODUÇÃO TEXTUAL PARA O NONO ANO

TEMA: O TEXTO DISSERTATIVO ARGUMENTATIVO

É uma modalidade de texto em que se defende um ponto de vista. Nele a argumentação é importante, uma vez que apresenta fundamentos para sustentar a tese. Quando o produzimos, devemos observar certas normas de organização bastante particulares. Em geral, para se obter maior clareza na exposição do ponto de vista, organiza-se em três partes:
  • Introdução: apresenta-se a ideia ou o ponto de vista que será defendido;
  • Desenvolvimento ou argumentação: desenvolve-se o ponto de vista (para convencer o leitor, é preciso usar uma sólida argumentação, citar exemplos, recorrer a opiniões de especialistas, fornecer dados, etc);
  • Conclusão: dá-se um fecho coerente com o desenvolvimento, com os argumentos apresentados.
Por suas características, o texto argumentativo requer uma linguagem mais sóbria, denotativa. O uso da figura de linguagem deve ser com valor argumentativo. As orações devem se dispor, de preferência, em ordem direta. É preferível o uso da terceira pessoa, caracterizando o texto argumentativo objetivo. O texto argumentativo não apresenta uma progressão temporal; os conceitos são genéricos, abstratos e, em geral não se prendem a uma situação de tempo e espaço. Por isso os verbos no presente. Trabalha-se com períodos compostos, com o encadeamento de ideias; nesse tipo de construção, o adequado emprego dos conectores (preposições, conjunções e pronomes relativos) é fundamental para obter um texto claro, coerente, coeso e elegante.
Fonte: TERRA Ernani. Português. De olho no mundo do trabalho.

Modelo de Dissertação-Argumentativa

Meio-ambiente e tecnologia: não há contraste, há solução
  Uma das maiores preocupações do século XXI é a preservação ambiental, fator que envolve o futuro do planeta e, consequentemente, a sobrevivência humana. Contraditoriamente, esses problemas da natureza, quando analisados, são equivocadamente colocados em oposição à tecnologia.
   O paradoxo acontece porque, de certa forma, o avanço tem um preço a se pagar. As indústrias, por exemplo, que são costumeiramente ligadas ao progresso, emitem quantidades exorbitantes de CO2 (carbono), responsáveis pelo prejuízo causado à Camada de Ozônio e, por conseguinte, problemas ambientais que afetam a população.
Mas, se a tecnologia significa conhecimento, nesse caso, não vemos contrastes com o meio-ambiente. Estamos numa época em que preservar os ecossistemas do planeta é mais do que avanço, é uma questão de continuidade das espécies animais e vegetais, incluindo-se principalmente nós, humanos. As pesquisas acontecem a todo o momento e, dessa forma, podemos considerá-las parceiras na busca por soluções a essa problemática.
  O desenvolvimento de projetos científicos que visem a amenizar os transtornos causados à Terra é plenamente possível e real. A era tecnológica precisa atuar a serviço do bem-estar, da qualidade de vida, muito mais do que em favor de um conforto momentâneo. Nessas circunstâncias não existe contraste algum, pelo contrário, há uma relação direta que poderá se transformar na salvação do mundo.
Portanto, as universidades e instituições de pesquisas em geral precisam agir rapidamente na elaboração de pacotes científicos com vistas a combater os resultados caóticos da falta de conscientização humana. Nada melhor do que a ciência para direcionar formas práticas de amenizarmos a “ferida” que tomou conta do nosso Planeta Azul.
Fonte: Revista Cult, ano 12, out. 2012
Nesse modelo, didaticamente, podemos perceber a estrutura textual dissertativa assim organizada:
1º parágrafo: Introdução com apresentação da tese a ser defendida;
“Uma das maiores preocupações do século XXI é a preservação ambiental, fator que envolve o futuro do planeta e, consequentemente, a sobrevivência humana. Contraditoriamente, esses problemas da natureza, quando analisados, são equivocadamente colocados em oposição à tecnologia.”
2º parágrafo: Há o desenvolvimento da tese com fundamentos argumentativos;
“O paradoxo acontece porque, de certa forma, o avanço tem um preço a se pagar. As indústrias, por exemplo, que são costumeiramente ligadas ao progresso, emitem quantidades exorbitantes de CO2 (carbono), responsáveis pelo prejuízo causado à Camada de Ozônio e, por conseguinte, problemas ambientais que afetam a população.
Mas, se a tecnologia significa conhecimento, nesse caso, não vemos contrastes com o meio-ambiente. Estamos numa época em que preservar os ecossistemas do planeta é mais do que avanço, é uma questão de continuidade das espécies animais e vegetais, incluindo-se principalmente nós, humanos. As pesquisas acontecem a todo o momento e, dessa forma, podemos considerá-las parceiras na busca por soluções a essa problemática.”
3º parágrafo: A conclusão é desenvolvida com uma proposta de intervenção relacionada à tese.
“O desenvolvimento de projetos científicos que visem a amenizar os transtornos causados à Terra é plenamente possível e real. A era tecnológica precisa atuar a serviço do bem-estar, da qualidade de vida, muito mais do que em favor de um conforto momentâneo. Nessas circunstâncias não existe contraste algum, pelo contrário, há uma relação direta que poderá se transformar na salvação do mundo.
Portanto, as universidades e instituições de pesquisas em geral precisam agir rapidamente na elaboração de pacotes científicos com vistas a combater os resultados caóticos da falta de conscientização humana. Nada melhor do que a ciência para direcionar formas práticas de amenizarmos a “ferida” que tomou conta do nosso Planeta Azul.”

AGORA É A SUA VEZ, OBSERVE A IMAGEM E PRODUZA

 UM TEXTO COM O SEGUINTE TEMA:

O JOVEM DO SÉCULO XXI E O USO DAS TECNOLOGIAS

DIGITAIS

 Albari Rosa/ Gazeta do Povo / As estudantes Aline e Maria: uma rede social para cada uso

domingo, 10 de novembro de 2013

ATIVIDADES PARA O NONO ANO

BLOCO 1

Leia 1 o texto abaixo e responda à questão seguinte.

O REMÉDIO

    O médico pergunta ao paciente:
     _ O senhor tomou o remédio que eu lhe receitei? O paciente responde: 
     _Impossível doutor. O vidro tinha um rótulo que dizia 
     "Conserve fechado".

Questão 1 (D16) - Há um traço de humor no seguinte trecho:

A. ―O médico pergunta ao paciente:

B. ―O senhor tomou o remédio que eu lhe receitei?

C. “O paciente responde: - Impossível doutor.”

D. O vidro tinha um rótulo que dizia: ―Conserve fechado.

Leia o texto 2 abaixo e responda à questão seguinte.

Só falta o Boto, disse o saci, impaciente. Se tivesse alguma moça aqui, ele já teria chegado para seduzi-la, comentou a serpente emplumada. Também acho, concordou o lobisomem. - Só que eu já teria apavorado. Ouviram nesse instante um rumor à margem do rio. Era o boto saindo das águas na forma de um belo rapaz. Fonte: Contos populares para criança.


Questão 2 (D14) - O segmento que indica uma opinião é:

A. ―Do meio das folhagens, saltou o lobisomem...
B. ―Ouviram nesse instante um rumor à margem do rio.
C. “Se tivesse alguma moça aqui, ele já teria chegado para seduzi-la...”
D. ―Todos os anos eles se reuniam na floresta.

Leia o texto 3 e responda à questão seguinte.

A VOLTA DO GUERREIRO

   Os homens que voltaram da guerra traziam feridas e pesadelos. Encontraram suas amadas indiferentes. Passara tanto tempo que algumas nem se lembravam deles e muitas tinham estabelecido novos amores.
   Uma, entretanto, permaneceu lembrada e fiel e atirou-se com fúria passional aos braços do ex-guerreiro. Ele a repeliu, dizendo:- Não quero mais ver a guerra diante de mim. - Eu não sou a guerra, sou o amor, querido, respondeu-lhe a mulher, assustada.
   - Você é a imagem da guerra, você me agarrou como o inimigo na luta corpo a corpo, eu não quero saber de você. - Então farei carícias lentas e suaves. - O inimigo também passa a mão de leve pelo corpo do soldado caído, para tirar o que houver no uniforme. - Ficarei quieta, não farei nada. - Não fazer nada é a atitude mais suspeita e mais perigosa do inimigo, que nos observa para nos atacar à traição.
   Separaram-se para sempre.

 Fonte: www.algumapoesia.com.br

Questão 3 (D15) - Em "―Uma ,entretanto, permaneceu lembrada e fiel...", a palavra sublinhada pode ser substituída, sem alteração do sentido original ou incoerência da frase por:

A. Mas.

B. Pois.

C. Porquanto.

D. Contudo.

Leia os períodos abaixo e responda à questão seguinte.

I- Os jogadores que foram criticados pelo técnico pretendem sair do clube.

II- Os jogadores, que foram criticados pelo técnico, pretendem sair do clube.

Questão 4 (D17) - Das alternativas que se seguem, qual está correta em relação ao efeito de sentido gerado pela presença ou ausência das vírgulas nos períodos:

A. O período II restringe um grupo de jogadores.

B. O período I refere-se a apenas um grupo de jogadores.

C. O período II afirma que apenas os jogadores criticados sairão do clube.

D. O período I afirma que todos os jogadores pretendem sair do clube
.
Questão 5 (D3) - Na frase "―Se chovesse felicidade, eu lhe desejaria uma tempestade. - Feliz Ano Novo!", a palavra sublinhada pode ser entendida como:

A. Pouca felicidade.

B. Média felicidade.

C. Muita felicidade.

D. Nenhuma felicidade.

Leia o texto 5, que se segue, e responda à questão seguinte:

Busca da Identidade

Ele não sabe mais quem é: deixa de ser criança para ser adulto, mas ainda não o é. Por isso a necessidade de experimentar tudo, no que se refere a formas de pensar e agir. Então ele muda de opinião facilmente, procura as primeiras ―experiências sexuais‖ ou testa novos estilos de música. Para encontrar sua identidade, ele também precisa de responsabilidade sociais. (...) Folha de s. Paulo 04/07/2002.

Questão 06 (D4) - O texto fala sobre uma etapa muito importante na vida de:
A. Pessoas adultas.
B. Crianças.
C. Adolescentes.
D. Idosos.

Leia o texto 6 e responda às questões 07 e 08.

Curiosidade ambiental

O Planeta terra também poderia ser chamado de planeta água, já que dois terços de sua superfície estão cobertos por ela. A maior parte é de água salgada, que forma os mares e oceanos. Apenas 2,59% de todo esse volume é doce e própria para consumo do homem. Desse número, mais da metade existe sob forma de água congelada ou subterrânea. O restante, cerca de 1%, está na superfície.
O Brasil é um dos países mais ricos em água doce do mundo. Seu território concentra 17% de todas as reservas de H2O do planeta. Apesar de abundante, esse recurso natural não é eterno. Por isso é tão importante não poluir nascentes, rios e mares, bem como evitar o desperdício.
Nem todos os países têm a mesma sorte do Brasil. No Oriente Médio, por exemplo, a água é motivo de disputa entre os povos e chega a valer mais que o petróleo. Hoje, cerca de um bilhão, dos seis bilhões de habitantes da terra não têm acesso à água doce do mundo.
Essas constatações deram origem a um estudo que prega a necessidade de se cobrar pelo uso desse recurso no Brasil. Os valores seriam diferentes para o setor industrial e o setor agrícola e, mais importante, garantiriam seu uso racional e também o aumento da oferta.

Fonte: Estado de Minas 5/2005

Questão 07 (D2) - Na frase" ―Desse número, mais da metade existe sob a forma de água congelada ou subterrânea", a expressão sublinhada refere-se ao:

A. Volume total de água do Planeta terra.

B. Volume de água que está na superfície.

C. Volume de água doce existente no planeta.

D. Volume de água poluída existente no planeta.

Questão 08 (D15) - Na frase "Os valores seriam diferentes para o setor industrial e o setor agrícola e, mais importante, garantiriam seu uso racional e também o aumento da oferta." As formas verbais sublinhadas indicam:

A. Certeza.
B. Possibilidade.
C. Afirmação.
D. Incoerência

Leia o texto para responder às questões de 09 a 11.

Quem inventou o hambúrguer?

Conheça a história dessa iguaria que surgiu na época dos cavaleiros tártaros!
Do jeito que conhecemos, o hambúrguer foi preparado pela primeira vez pelo americano Walter Anderson, na lanchonete White Castle, no Kansas, em 1916.
Mas, a história do lanche é mais antiga: o hambúrguer surgiu a partir dos cavaleiros tártaros, que carregavam carne crua embaixo da sela quando galopavam. Na hora do rango, o bife já tinha se tornado uma pasta! Entre os séculos XII e XIII, eles apresentaram a delícia aos hamburgueses, na Alemanha, e a carne ganhou o nome atual.
A novidade só chegou aos Estados Unidos em 1904. Os marinheiros foram os primeiros a saborear o lanche: colocaram a carne entre dois pães para comer algo enquanto trabalhavam.

Texto: Débora Zanelato, Julia Moióli e Juliana Caldas. Foto: Shutterstock.

Questão 09 (D6) - O texto traz como assunto principal:

A. A história dos cavaleiros tártaros.
B. A data de surgimento do hambúrguer nos Estados Unidos.
C. A história do surgimento do hambúrguer no mundo.
D. A forma como os marinheiros carregavam a carne.

Questão 10 (D3) - A expressão "rango", presente na 5ª linha do texto, é uma gíria que significa:

A. Refeição.
B. Algo delicioso.
C. Atividade física.

D. Carne crua.

Questão 11 (D15) - A palavra "mas" que introduz a terceira linha do texto "mas a história do lanche é mais antiga", permite-nos concluir que:

A. Os norte-americanos criaram o hambúrguer.
B. Existe uma versão mais antiga para o surgimento do hambúrguer, diferente da citada nas duas primeiras linhas do texto.
C. O hambúrguer é mais saboroso nos Estados Unidos.

D. Os alemães produzem melhores hambúrgueres.

Leia o texto abaixo.

EDIÇÃO JÚNIOR DO DICIONÁRIO AURÉLIO TEM VERBETES COMO 'PERIGUETE' E 'TUITAR'

Palavras como "periguete", "tuitar" e outras expressões que circulam nas bocas das novas gerações estão entre os 30 mil verbetes do dicionário Aurélio Júnior. O lançamento do manual foi realizado na 15ª Bienal do Livro do Rio de Janeiro. Também foi incorporado ao dicionário um novo significado para o verbo "ficar", que virou "trocar carícias sem compromisso de namoro". Expressões usadas na internet, como "baixar" e "blogar" também ganharam espaço no livro, que foi preparado para atender estudantes dos ensinos fundamental e médio. O pedido de Dilma Rousseff para ser chamada de "presidenta" refletiu na reintegração do termo ao manual. O verbete bullying, muito comentado na mídia este ano, também foi incorporado. Para entrar para o dicionário, uma nova expressão leva em torno de cinco anos de "quarentena", em que seu uso será estudado.


Fonte: educacao.online@oglobo.com.br

Questão 12 (D12) - O texto lido possui como objetivo principal:


A. Alertar. B. Informar. C. Divertir. D. Instruir.

LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER A QUESTÃO 13:

PREFEITURA MUNICIPAL DE PELOTAS
COMUNICADO

Por solicitação de Sua Excelência, o Governador do Estado, Dr. José Bonsai, a data de inauguração do Centro de Integração da Criança e do Idoso foi transferida do dia 29 de maio para o dia 5 de junho, às 15 horas.


Dr. João Paes Prado
Prefeito Municipal

Questão 13 (D12) - A finalidade do texto acima é:

A. Dar um aviso oficial.
B. Dar um aviso íntimo.
C. Expor uma lei.
D. Emitir um bilhete.

BLOCO 2

LEIA O TEXTO 1 PARA RESPONDER AS QUESTÕES 01 A 02.

A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA
Entenda como os exercícios físicos são fundamentais para aliviar o estresse.

Que a prática regular de exercícios físicos faz bem para a saúde, todo mundo sabe. Mas além dos benefícios de condicionamento garantidos pelo hábito, colocar o corpo em movimento é um aliado fundamental na luta contra o estresse, uma vez que deixar o sedentarismo significa fortalecer sua imunidade contra agentes de tensão. E então, que tal amenizar o estresse através da malhação?

Forças: do bem x do mal
Não é só caminhar, pedalar ou nadar que relaxa e dá sensação de bem-estar. Muitas pessoas preferem combater a tensão com outro tipo de força, a dos exercícios de impacto, como as artes marciais. Na verdade, a escolha por esse tipo de modalidade dá ao praticante a oportunidade de externar seus sentimentos, sem causar danos. Jiu-jitsu, judô, karatê, boxe e MMA (Artes Marciais Mistas): é só escolher qual combina mais com você para descarregar as energias.

De volta ao eixo
Na contramão dos exercícios de impacto, mas com o mesmo objetivo de ajudar a lidar com as tensões, respirar profunda e conscientemente, alongar o corpo, praticar ioga ou pilates são excelentes maneiras de mandar para longe aquilo que causa opressão. Comece já!
·         Sorriso intenso: quando sentir grande irritação, pare e resgate alguma lembrança que lhe provoque felicidade. Sorria de modo que a expressão se interiorize, percorrendo todo o seu ser.
·         Relaxe ombros e braços: com os braços estendidos ao longo do corpo, imagine estar segurando pesos que puxem seus ombros para baixo. Mantenha a posição por alguns segundo e solte os pesos, deixando a tensão se dissipar. Repita 5 vezes.
·         Sacudindo mãos e pés: balance as mãos e continue, incluindo os braços. Depois de um minuto, repita os movimentos só que com os pés e as pernas.

QUESTÃO 1 (D1) – Todas as alternativas abaixo apontam por que os exercícios físicos são fundamentais para aliviar o estresse, EXCETO:
A.    Fazem bem para saúde, com prática regular ou não.
B.     Garantem benefícios de condicionamento pelo hábito.
C.    Fortalecem a imunidade contra agentes de tensão.
D.    Deixam o sedentarismo de lado ao colocar o corpo em movimento.
QUESTÃO 2 (D6) – O assunto principal abordado no texto é:
A.    A importância das atividades físicas para emagrecer.
B.     Os benefícios que a atividade física traz para diminuição do estresse.
C.    A ação benéfica que as artes marciais trazem para o corpo.
D.    O efeito dos exercícios físicos para manutenção de uma boa forma.

 LEIA O TEXTO PARA RESPONDER AS QUESTÕES 03 E 04.

O que se pode comemorar no Dia Mundial da Água?

Passam-se os anos e a pergunta é a mesma: no Dia Mundial da Água, o que há para se comemorar, uma vez que dados da ONU apontam que mais de 780 milhões de pessoas, em todo o mundo, ainda, não têm acesso à água potável?
Talvez precisemos refletir sobre como o crescimento populacional, de certo modo desconectado de um processo continuado de educação para o uso sustentável dos recursos naturais, além da morosidade nas políticas públicas de acesso a água de qualidade, tem remetido milhões de pessoas.
Existe uma curva crescente da população para o consumo dos recursos naturais e, na contramão, há uma curva decrescente da qualidade destes recursos naturais, principalmente da água enquanto fonte de vida. Não se pode negar que hoje a temática de uso sustentável dos recursos naturais, com enfoque para a água como fonte de vida, está mais presente nas pautas de debate por todo o mundo. Talvez, pelo menos, isso se possa comemorar!
Mas também é verdade que há muitos chavões, muitos pronunciamentos em nome da sustentabilidade e poucas ações concretas para permitir acesso à água de qualidade, sobretudo para as populações mais sofridas. (...)


TEXTO 2
QUESTÃO 1 (D17) – No 1º parágrafo do texto, há uma frase que termina com um sinal de interrogação. A referida pontuação sugere ideia de:
A.    Reflexão.
B.     Dúvida.
C.    Ironia.
D.    Súplica.
QUESTÃO 3 (D7) – Pode-se afirmar que a tese do texto é:

A.    Devido a fatores geográficos ou a falhas políticos-educacionais, ainda existem milhões de pessoas sem acesso à água potável no mundo, o que não permite comemoração no dia da água.
B.     A grande morosidade das políticas públicas é fator determinante para o problema apresentado.
C.    Limitar o assunto somente a debates não resolve o problema da falta de água potável.
D.    Há grande parcela populacional empenhada no uso sustentável da água, o que se justifica devido a ações efetivas de preservação do recurso.
QUESTÃO 4 (D19) – No trecho “[...] o crescimento populacional [...], além da morosidade nas políticas públicas de acesso à água de qualidade, tem remetido milhões de pessoas”, a palavra destacada sugere uma ideia de:

A.    Adição.
B.     Contrariedade.
C.    Conclusão.
D.    Explicação.





TEXTO 3

Fuga de cérebros


A expressão “fuga de cérebros” faz referência aos profissionais especializados em áreas do mercado de trabalho e que são dotados de um alto conhecimento em seu campo profissional, migrando de países pobres ou com poucas oportunidades laborais para centros mais desenvolvidos, que carecem de suas habilidades.
Aqueles mais especializados em suas áreas são, assim, atraídos por trabalhos no estrangeiro, tendo melhor remuneração, benefícios e reconhecimento, e ao mesmo tempo a oportunidade de desenvolver pesquisas, tecnologias e outras coisas para o país contratante. Os Estados Unidos, por exemplo, são grandes captadores de cérebros, mesmo tendo um grande número deles em seu território. Sua constante atração dos melhores pesquisadores do mundo tem como objetivo o desenvolvimento de novas tecnologias que possam ser patenteadas pelos próprios norte-americanos, acumulando assim um crescente monopólio em vários segmentos. Essa é a razão fundamental de as inovações “começarem” nos EUA, sendo que, na verdade, muitas delas foram concebidas por indianos, árabes, europeus destacadamente especializados e capacitados. O Vale do Silício, localizado na Califórnia, região que engloba várias cidades, é um exemplo perfeito desse fenômeno, pois grande parte dos pesquisadores de lá não são americanos.
Já o país que perde tais cérebros, ao mesmo tempo, perde um grande potencial de inovações, que serão  desenvolvidas por seus nacionais para uma outra nação. Isso causa um enorme dano à economia e ao desenvolvimento de países pobres, que carecem desses profissionais e que poderiam fazer um ótimo uso de seus conhecimentos. (...)
Assim, o desafio de várias nações atualmente está em manter esses profissionais em seus próprios países, impedindo a tal “fuga de cérebros”, danosa não só para o desenvolvimento de nações mais pobres, mas que contribui ainda para aumentar as desigualdades já profundas entre os vários povos do globo. É imprescindível a adoção de políticas que tornem o país “doador de cérebros” um atrativo pólo de inovações científicas e tecnológicas. No caso do Brasil, é flagrante a falta de conexão entre as universidades e o mercado de trabalho e indústrias em geral. Realidade diferente do das economias desenvolvidas. Fonte: http://www.infoescola.com/trabalho/fuga-de-cerebros/ Acesso: Março/2013.


QUESTÃO 05 (D6) – A partir da leitura do texto, podemos deduzir que o tema é:

A.    Migração de profissionais especializados de países pobres para centro mais desenvolvidos.
B.     Migração de árabes, indianos e europeus para os Estados Unidos.
C.    Estudos científicos de cérebros de alto potencial.
D.    Planos emergenciais para manter profissionais de destaque em seus países de origem.
QUESTÃO 06 (D12) – O texto tem a finalidade de:

A.    Falar dos avanços tecnológicos.
B.     Veicular propagandas de países desenvolvidos.
C.    Incentivar profissionais especializados a permanecer em seus países de origem.
D.    Informar sobre a migração de profissionais para lugares de maior desenvolvimento e possibilidades.
QUESTÃO 07 (D15) – No trecho “é um exemplo perfeito desse fenômeno, pois grande parte dos pesquisadores de lá não são americanos”, o termo grifado apresenta o efeito de:

A.    Adição.
B.     Explicação.
C.    Oposição.
D.    Consequência.

TEXTO 4


Ao estudar a história colonial de nosso país, uma questão muito instigante se impõe: teria sido melhor para o Brasil ser colonizado por outro povo que não os portugueses? Afinal de contas, nosso país poderia ter sido francês ou holandês… Os séculos XVI e XVII assistiram a duas tentativas de colonização francesa na terra brasilis, a França Antártica e a França Equinocial. Por outro lado, os holandeses tiveram significativa presença na região nordeste durante o século XVII. (...)
Mas afinal, que colonizadores teriam sido melhores para o Brasil? Muitos acreditam que a colonização francesa ou holandesa teria possibilitado maior desenvolvimento para o país, atribuindo muitas de nossas mazelas sociais contemporâneas à má colonização lusitana. Evidentemente, não é possível saber o que teria acontecido caso essas iniciativas fossem bem sucedidas; podemos, é claro, imaginar como seria um Brasil francês ou holandês, mas sairíamos dos domínios da História, entrando no território da ficção. Não há como se analisar os “ses” em História. Ainda assim, podemos arriscar algumas conjecturas em torno dessas hipóteses. (...)
A bem da verdade, minha sincera opinião é que, nós, brasileiros, devemos muitíssimo a Napoleão Bonaparte. A ocupação de Portugal e a vinda da família real puseram o Brasil numa situação única na história dos países colonizados, transformando-o em sede do império lusitano durante uma década, ocasionando o enraizamento em nosso país de diversas instituições políticas, econômicas e culturais que desempenharam importante papel no posterior desenvolvimento do Brasil imperial e republicano. (Adaptado de: http://www.debatesculturais.com.br/portugueses-franceses-ou-holandeseshistorias- da-colonizacao-do-brasil/)


_________________________________________________________________________________________
QUESTÃO 8 (D18) – Qual efeito de sentido estabelecido pela expressão “Mas afinal” na linha 6 do texto?

A.    Oposição.
B.     Causa.
C.    Indagação.
D.    Adição.
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QUESTÃO 9 (D14) – Marque a alternativa em que há uma opinião do autor no texto.

A.    “[...] nós, brasileiros, devemos muitíssimo a Napoleão Bonaparte”.
B.     “Os séculos XVI e XVII assistiram a duas tentativas de colonização francesa na terra brasilis”.
C.    “[...] os holandeses tiveram significativa presença na região nordeste durante o século XVII.”
D.    “[...] não é possível saber o que teria acontecido caso essas iniciativas fossem bem sucedidas.”
QUESTÃO 10 (D3) – O uso da palavra “ficção” na linha 10 diz respeito:

A.    A uma hipótese.
B.     A um fato imaginário.
C.    A um fato real.
D.    A uma opinião.


TEXTO 5

Os malefícios da cocaína

A cocaína é a droga que mais rapidamente devasta o usuário. Bastam alguns meses ou mesmo semanas para que ela cause um emagrecimento profundo, insônia, sangramento do nariz e corisa persistente, lesão da mucosa nasal e tecidos nasais, podendo inclusive causar perfuração do septo. Doses elevadas consumidas regularmente também causam palidez, suor frio, desmaios, convulsões e parada respiratória. No cérebro, a cocaína afeta especialmente as áreas motoras, produzindo agitação intensa. A ação da cocaína no corpo é poderosa, porém breve, durando cerca de meia hora, já que a droga é rapidamente metabolizada pelo organismo.
QUESTÃO 11 (D4) – De acordo com o texto lido, pode-se afirmar que a cocaína:

A.    É uma droga que produz incontáveis danos ao cérebro.
B.     É metabolizada lentamente pelo cérebro.
C.    Doses elevadas causam convulsões, paradas respiratórias e muito bem estar.
D.    É a droga que causa maiores danos à saúde.
QUESTÃO 12 (D3) –Em “A cocaína é a droga que mais rapidamente devasta o usuário”. A palavra sublinhada dá a entender que a cocaína:

A.    Destrói o usuário.
B.     Ajuda o usuário.
C.    Prejudica o usuário.
D.    Sensibiliza o usuário.
QUESTÃO 13 (D1) -  De acordo com o texto, o efeito da cocaína:

A.    Tem ação lenta no organismo.
B.     No corpo, afeta as áreas cardíacas.
C.    No cérebro, afeta as áreas motoras.
D.    Não causa sangramento nasal.

























domingo, 3 de novembro de 2013

AVALIAÇÃO PARA O NONO ANO
 TEXTO 1

  A assembléia dos ratos

      Um gato de nome Faro-Fino deu de fazer tal destroço na rataria duma casa velha que os sobreviventes, sem ânimo de sair das tocas, estavam a ponto de morrer de fome. 
     Tornando-se muito sério o caso, resolveram reunir-se em assembléia para o estudo da questão.    
    Aguardaram para isso certa noite em que Faro-Fino andava aos miados pelo telhado, fazendo sonetos à lua.
    — Acho – disse um deles - que o meio de nos defendermos de Faro-Fino é lhe atarmos um guizo ao pescoço. Assim que ele se aproxime, o guizo o denuncia e pomo-nos ao fresco a tempo.         Palmas e bravos saudaram a luminosa ideia. 
   O projeto foi aprovado com delírio. Só votou contra um rato casmurro, que pediu a palavra e disse: 
   — Está tudo muito direito. Mas quem vai amarrar o guizo no pescoço de Faro-Fino? Silêncio geral. 
   Um desculpou-se por não saber dar nó. Outro, porque não era tolo. Todos, porque não tinham coragem. E a assembléia dissolveu-se no meio de geral consternação. 
   Dizer é fácil - fazer é que são elas!

 LOBATO, Monteiro. in Livro das Virtudes – William J. Bennett – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995. p. 308.

 01-Na assembléia dos ratos, o projeto para atar um guizo ao pescoço do gato foi 

(A) aprovado com um voto contrário.
(B) aprovado pela metade dos participantes.
(C) negado por toda a assembléia. 
(D) negado pela maioria dos presentes.

 TEXTO 2

 O Pavão

     E considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d´água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.     Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade. 
    Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico. 

 BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. Rio de Janeiro: Record, 1996, p. 120. ______________________________________________________

 02-No 2º parágrafo do texto, a expressão ATINGIR O MÁXIMO DE MATIZES significa 

 (A) fazer refletir, nas penas do pavão, as cores do arco-íris. 
 (B) conseguir o maior número de tonalidades. 
 (C) fazer com que o pavão ostente suas cores. 
 (D) fragmentar a luz nas bolhas d’água. 

 TEXTO 3
 O IMPÉRIO DA VAIDADE

     Você sabe por que a televisão, a publicidade, o cinema e os jornais defendem os músculos torneados, as vitaminas milagrosas, as modelos longilíneas e as academias de ginástica? Porque tudo isso dá dinheiro. Sabe por que ninguém fala do afeto e do respeito entre duas pessoas comuns, mesmo meio gordas, um pouco feias, que fazem piquenique na praia? Porque isso não dá dinheiro para os negociantes, mas dá prazer para os participantes. 
     O prazer é físico, independentemente do físico que se tenha: namorar, tomar milk-shake, sentir o sol na pele, carregar o filho no colo, andar descalço, ficar em casa sem fazer nada. Os melhores prazeres são de graça − a conversa com o amigo, o cheiro do jasmim, a rua vazia de madrugada −, e a humanidade sempre gostou de conviver com eles. Comer uma feijoada com os amigos, tomar uma caipirinha no sábado também é uma grande pedida. Ter um momento de prazer é compensar muitos momentos de desprazer. Relaxar, descansar, despreocupar-se, desligar-se da competição, da áspera luta pela vida − isso é prazer. 
     Mas vivemos num mundo onde relaxar e desligar-se se tornou um problema. O prazer gratuito, espontâneo, está cada vez mais difícil. O que importa, o que vale, é o prazer que se compra e se exibe, o que não deixa de ser um aspecto da competição. Estamos submetidos a uma cultura atroz, que quer fazer-nos infelizes, ansiosos, neuróticos. As filhas precisam ser Xuxas, as namoradas precisam ser modelos que desfilam em Paris, os homens não podem assumir sua idade. Não vivemos a ditadura do corpo, mas seu contrário: um massacre da indústria e do comércio. Querem que sintamos culpa quando nossa silhueta fica um pouco mais gorda, não porque querem que sejamos mais saudáveis − mas porque, se não ficarmos angustiados, não faremos mais regimes, não compraremos mais produtos dietéticos, nem produtos de beleza, nem roupas e mais roupas. Precisam da nossa impotência, da nossa insegurança, da nossa angústia. 
     O único valor coerente que essa cultura apresenta é o narcisismo.

 LEITE, Paulo Moreira. O império da vaidade. Veja, 23 ago. 1995. p. 79. ______________________________________________________
 03-O autor pretende influenciar os leitores para que eles

(A) evitem todos os prazeres cuja obtenção depende de dinheiro. (B) excluam de sua vida todas as atividade incentivadas pela mídia. (C) fiquem mais em casa e voltem a fazer os programas de antigamente. 
(D) sejam mais críticos em relação ao incentivo do consumo pela mídia.
 TEXTO 4 

 A PARANÓIA DO CORPO


     Em geral, a melhor maneira de resolver a insatisfação com o físico é cuidar da parte emocional.

LETÍCIA DE CASTRO

    Não é fácil parecer com Katie Holmes, a musa do seriado preferido dos teens, Dawson's Creek ou com os galãs musculosos do seriado Malhação. Mas os jovens bem que tentam. Nunca se cuidou tanto do corpo nessa faixa etária como hoje. A Runner, uma grande rede de academias de ginástica, com 23000 alunos espalhados em nove unidades na cidade de São Paulo, viu o público adolescente crescer mais que o adulto nos últimos cinco anos. “Acho que a academia é para os jovens de hoje o que foi a discoteca para a geração dos anos 70”, acredita José Otávio Marfará, sócio de outra academia paulistana, a Reebok Sports Club. "É o lugar de confraternização, de diversão." É saudável preocupar-se com o físico. Na adolescência, no entanto, essa preocupação costuma ser excessiva. É a chamada paranoia do corpo. Alguns exemplos. Nunca houve uma oferta tão grande de produtos de beleza destinados a adolescentes. Hoje em dia é possível resolver a maior parte dos problemas de estrias, celulite e espinhas com a ajuda da ciência. Por isso, a tentação de exagerar nos medicamentos é grande. "A garota tem a mania de recorrer aos remédios que os amigos estão usando, e muitas vezes eles não são indicados para seu tipo de pele”, diz a dermatologista Iara Yoshinaga, de São Paulo, que atende adolescentes em seu consultório. São cada vez mais frequentes os casos de meninas que procuram um cirurgião plástico em busca da solução de problemas que poderiam ser resolvidos facilmente com ginástica, cremes ou mesmo com o crescimento normal. Nunca houve também tantos casos de anorexia e bulimia. "Há dez anos essas doenças eram consideradas raríssimas. Hoje constituem quase um caso de saúde pública”, avalia o psiquiatra Táki Cordás, da Universidade de São Paulo. É claro que existem variedades de calvície, obesidade ou doenças de pele que realmente precisam de tratamento continuado. Na maioria das vezes, no entanto, a paranoia do corpo é apenas isso: paranoia. Para curá-la, a melhor maneira é tratar da mente. Nesse processo, a auto-estima é fundamental. “É preciso fazer uma análise objetiva e descobrir seus pontos fortes. Todo mundo tem uma parte do corpo que acha mais bonita”, sugere a psicóloga paulista Ceres Alves de Araújo, especialista em crescimento. Um dia, o teen acorda e percebe que aqueles problemas físicos que pareciam insolúveis desapareceram como num passe de mágica. Em geral, não foi o corpo que mudou. Foi a cabeça. Quando começa a se aceitar e resolve as questões emocionais básicas, o adolescente dá o primeiro passo para se tornar um adulto.



 CASTRO, Letícia de. Veja Jovens. Setembro/2001, p. 56. ______________________________________________________
 04-A ideia CENTRAL do texto é

 (A) a preocupação do jovem com o físico. 
 (B) as doenças raras que atacam os jovens.
 (C) os diversos produtos de beleza para jovens. 
 (D) o uso exagerado de remédios pelos jovens.

 TEXTO 5 

 No mundo dos sinais Sob o sol de fogo, os mandacarus se erguem, cheios de espinhos. Mulungus e aroeiras expõem seus galhos queimados e retorcidos, sem folhas, sem flores, sem frutos. Sinais de seca brava, terrível! Clareia o dia. O boiadeiro toca o berrante, chamando os companheiros e o gado. Toque de saída. Toque de estrada. Lá vão eles, deixando no estradão as marcas de sua passagem.

 TV Cultura, Jornal do Telecurso. ______________________________________________________

 05-A opinião do autor em relação ao fato comentado está em

 (A) “os mandacarus se erguem” 
 (B) “aroeiras expõem seus galhos” 
 (C) “Sinais de seca brava, terrível!!”
 (D) “Toque de saída. Toque de entrada”.

 TEXTO 6

 Mente quieta, corpo saudável

     A meditação ajuda a controlar a ansiedade e a aliviar a dor? Ao que tudo indica, sim. Nessas duas áreas os cientistas encontraram as maiores evidências da ação terapêutica da meditação, medida em dezenas de pesquisas. 
    Nos últimos 24 anos, só a clínica de redução do estresse da Universidade de Massachusetts monitorou 14 mil portadores de câncer, aids, dor crônica e complicações gástricas. Os técnicos descobriram que, submetidos a sessões de meditação que alteraram o foco da sua atenção, os pacientes reduziram o nível de ansiedade e diminuíram ou abandonaram o uso de analgésicos.

 Revista Superinteressante, outubro de 2003 

 06-O texto tem por finalidade
 (A) criticar. 
 (B) conscientizar. 
 (C) denunciar.
 (D) informar

 TEXTO 7 

 Mapa Da Devastação 

 A organização não-governamental SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais terminaram mais uma etapa do mapeamento da Mata Atlântica (www.sosmataatlantica.org.br). O estudo iniciado em 1990 usa imagens de satélite para apontar o que restou da floresta que já ocupou 1,3 milhão de km2, ou 15% do território brasileiro. O atlas mostra que o Rio de Janeiro continua o campeão da motosserra. Nos últimos 15 anos, sua média anual de desmatamento mais do que dobrou.
 
Revista Isto É – nº 1648 – 02-05-2001 São Paulo – Ed. Três.

 TEXTO 8 

 Há qualquer coisa no ar do Rio, além de favelas

Nem só as favelas brotam nos morros cariocas. As encostas cada vez mais povoadas no Rio de Janeiro disfarçam o avanço do reflorestamento na crista das serras, que espalha cerca de 2 milhões de mudas nativas da Mata Atlântica em espaço equivalente a 1.800 gramados do Maracanã. O replantio começou há 13 anos, para conter vertentes ameaçadas de desmoronamento. Fez mais do que isso. Mudou a paisagem. Vista do alto, ângulo que não faz parte do cotidiano de seus habitantes, a cidade aninha-se agora em colinas coroadas por labirintos verdes, formando desenhos em curva de nível, como cafezais. 

 Revista Época – nº 83. 20-12-1999. Rio de Janeiro – Ed. Globo. p. 9.

 07-Uma declaração do segundo texto que CONTRADIZ o primeiro é 

(A) a mata atlântica está sendo recuperada no Rio de Janeiro. 
(B) as encostas cariocas estão cada vez mais povoadas.
 (C) as favelas continuam surgindo nos morros cariocas.
 (D) o replantio segura encostas ameaçadas de desabamento.

 TEXTO 9

 Eu tenho um sonho

 Eu tenho um sonho lutar pelos direitos dos homens Eu tenho um sonho tornar nosso mundo verde e limpinho Eu tenho um sonho de boa educação para as crianças Eu tenho um sonho de voar livre como um passarinho Eu tenho um sonho ter amigos de todas raças Eu tenho um sonho que o mundo viva em paz e em parte alguma haja guerra Eu tenho um sonho Acabar com a pobreza na Terra Eu tenho um sonho Eu tenho um monte de sonhos... Quero que todos se realizem Mas como? Marchemos de mãos dadas e ombro a ombro Para que os sonhos de todos se realizem!

 SHRESTHA, Urjana. Eu tenho um sonho. In: Jovens do mundo inteiro. Todos temos direitos: um livro de direitos humanos. 4ª ed. São Paulo: Ática, 2000, p.10. ______________________________________________________

08-No verso “Quero que todos se realizem” (v. 19) o termo sublinhado refere-se a: 
 (A) amigos. 
 (B) direitos. 
 (C) homens. 
 (D) sonhos. 

 TEXTO 10 

 O ouro da biotecnologia 

 Até os bebês sabem que o patrimônio natural do Brasil é imenso. Regiões como a Amazônia, o Pantanal e a Mata Atlântica – ou o que restou dela – são invejadas no mundo todo por sua biodiversidade. Até mesmo ecossistemas como o do cerrado e o da caatinga têm mais riqueza de fauna e flora do que se costuma pensar. A quantidade de água doce, madeira, minérios e outros bens naturais é amplamente citada nas escolas, nos jornais e nas conversas. O problema é que tal exaltação ufanista ("Abençoado por Deus e bonito por natureza”) é diretamente proporcional à desatenção e ao desconhecimento que ainda vigoram sobre essas riquezas. Estamos entrando numa era em que, muito mais do que nos tempos coloniais (quando pau-brasil, ouro, borracha etc. eram levados em estado bruto para a Europa), a exploração comercial da natureza deu um salto de intensidade e refinamento. Essa revolução tem um nome: biotecnologia. Com ela, a Amazônia, por exemplo, deixará em breve de ser uma enorme fonte “potencial" de alimentos, cosméticos, remédios e outros subprodutos: ela o será de fato – e de forma sustentável. Outro exemplo: os créditos de carbono, que terão de ser comprados do Brasil por países que poluem mais do que podem, poderão significar forte entrada de divisas. Com sua pesquisa científica carente, indefinição quanto à legislação e dificuldades nas questões de patenteamento, o Brasil não consegue transformar essa riqueza natural em riqueza financeira. Diversos produtos autóctones, como o cupuaçu, já foram registrados por estrangeiros – que nos obrigarão a pagar pelo uso de um bem original daqui, caso queiramos (e saibamos) produzir algo em escala com ele. Além disso, a biopirataria segue crescente. Até mesmo os índios deixam que plantas e animais sejam levados ilegalmente para o exterior, onde provavelmente serão vendidos a peso de ouro. Resumo da questão: ou o Brasil acorda para a nova realidade econômica global, ou continuará perdendo dinheiro como fruta no chão. 

 PIZA, Daniel. O Estado de S. Paulo. ______________________________________________________

 09-O texto defende a tese de que 

(A) a Amazônia é fonte “potencial” de riquezas. 
(B) as plantas e os animais são levados ilegalmente. 
(C) o Brasil desconhece o valor de seus bens naturais. 
(D) os bens naturais são citados na escola. 

 TEXTO 11

 O namoro na adolescência Um namoro, para acontecer de forma positiva, precisa de vários ingredientes: a começar pela família, que não seja muito rígida e atrasada nos seus valores, seja conversável, e, ao mesmo tempo, tenha limites muito claros de comportamento. O adolescente precisa disto, para se sentir seguro. O outro aspecto tem a ver com o próprio adolescente e suas condições internas, que determinarão suas necessidades e a própria escolha. São fatores inconscientes, que fazem com que a Mariazinha se encante com o jeito tímido do João e não dê pelota para o herói da turma, o Mário. Aspectos situacionais, como a relação harmoniosa ou não entre os pais do adolescente, também influenciarão o seu namoro. Um relacionamento em que um dos parceiros vem de um lar em crise, é, de saída, dose de leão para o outro, que passa a ser utilizado como anteparo de todas as dores e frustrações. Geralmente, esta carga é demais para o outro parceiro, que também enfrenta suas crises pelas próprias condições de adolescente. Entrar em contato com a outra pessoa, senti-la, ouvi-la, depender dela afetivamente e, ao mesmo tempo, não massacrá-la de exigências, e não ter medo de se entregar, é tarefa difícil em qualquer idade. Mas é assim que começa este aprendizado de relacionar-se afetivamente e que vai durar a vida toda. 

SUPLICY, Marta. A condição da mulher. São Paulo: Brasiliense, 1984. ______________________________________________________

 10-Para um namoro acontecer de forma positiva, o adolescente precisa do apoio da família. O argumento que defende essa ideia é

 (A) a família é o anteparo das frustrações.
 (B) a família tem uma relação harmoniosa.
 (C) o adolescente segue o exemplo da família. 
 (D) o apoio da família dá segurança ao jovem. 

 TEXTO 12 

 Animais no espaço 

 Vários animais viajaram pelo espaço como astronautas. Os russos já usaram cachorros em suas experiências. Eles têm o sistema cardíaco parecido com o dos seres humanos. Estudando o que acontece com eles, os cientistas descobrem quais problemas podem acontecer com as pessoas. A cadela Laika, tripulante da Sputnik-2, foi o primeiro ser vivo a ir ao espaço, em novembro de 1957, quatro anos antes do primeiro homem, o astronauta Gagarin. Os norte-americanos gostam de fazer experiências científicas espaciais com macacos, pois o corpo deles se parece com o humano. O chimpanzé é o preferido porque é inteligente e convive melhor com o homem do que as outras espécies de macacos. Ele aprende a comer alimentos sintéticos e não se incomoda com a roupa espacial. Além disso, os macacos são treinados e podem fazer tarefas a bordo, como acionar os comandos das naves, quando as luzes coloridas acendem no painel, por exemplo. Enos foi o mais famoso macaco a viajar para o espaço, em novembro de 1961, a bordo da nave Mercury/Atlas 5. A nave de Enos teve problemas, mas ele voltou são e salvo, depois de ter trabalhado direitinho. Seu único erro foi ter comido muito depressa as pastilhas de banana durante as refeições. 

 (Folha de São Paulo, 26 de janeiro de 1996) ______________________________________________________

11-No texto “Animais no espaço”, uma das informações principais é 
(A) “A cadela Laika (...) foi o primeiro ser vivo a ir ao espaço”. 
(B) “Os russos já usavam cachorros em suas experiência”. 
(C) “Vários animais viajaram pelo espaço como astronautas”.
 (D) “Enos foi o mais famoso macaco a viajar para o espaço”.

 TEXTO 13 

 O homem que entrou pelo cano

 Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princípio incomodava-o a estreiteza do tubo. Depois se acostumou. E, com a água, foi seguindo. Andou quilômetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares. Vez ou outra um desvio, era uma seção que terminava em torneira. Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou monótono. O cano por dentro não era interessante. No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criança brincava. Ficou na torneira, à espera que abrissem. Então percebeu que as engrenagens giravam e caiu numa pia. À sua volta era um branco imenso, uma água límpida. E a cara da menina aparecia redonda e grande, a olhá-lo interessada. Ela gritou: “Mamãe, tem um homem dentro da pia” Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu pelo esgoto. 

 BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Cadeiras Proibidas. São Paulo: Global, 1988. p. 89. ______________________________________________________

12-O homem desviou-se de sua trajetória porque 

(A) ouviu muitos barulhos familiares. 
(B) já estava “viajando” há vários dias. 
(C) ficou desinteressado pela “viagem”. 
(D) percebeu que havia uma torneira. 

 TEXTO 14

 As enchentes de minha infância

 Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como a casa dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa tia, casa com varanda fresquinha dando para o rio. Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde chegara a enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos, depois às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez, no meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a família defronte teve medo. Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina de arrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que as pessoas ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, os meninos, torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um palmo - aquilo era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas nas cabeceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes.

 BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962. p. 157. ______________________________________________________

13-Que função desempenha a expressão destacada no texto “... o volume do rio cresceu TANTO QUE a família defronte teve medo.” (2º parágrafo) 

 (A) adição de idéias.
 (B) comparação entre dois fatos. 
(C) conseqüência de um fato. 
(D) finalidade de um fato enunciado. 

 TEXTO 15 

 “Chatear” e “encher”

     Um amigo meu me ensina a diferença entre “chatear” e “encher”. Chatear é assim: você telefona para um escritório qualquer da cidade.
     — Alô! Quer me chamar por favor o Valdemar? 
     — Aqui não tem nenhum Valdemar. Daí a alguns minutos você liga de novo: 
     — O Valdemar, por obséquio.
     — Cavalheiro, aqui não trabalha nenhum Valdemar. 
     — Mas não é do número tal? 
     — É, mas aqui nunca teve nenhum Valdemar. Mais cinco minutos, você liga o mesmo número: 
     — Por favor, o Valdemar chegou?
     — Vê se te manca, palhaço. Já não lhe disse que o diabo desse Valdemar nunca trabalhou aqui?
     — Mas ele mesmo me disse que trabalhava aí.
     — Não chateia. Daí a dez minutos, liga de novo. 
     — Escute uma coisa! O Valdemar não deixou pelo menos um recado? O outro desta vez esquece a presença da datilógrafa e diz coisas impublicáveis.
     Até aqui é chatear. Para encher, espere passar mais dez minutos, faça nova ligação: 
     — Alô! Quem fala? Quem fala aqui é o Valdemar. Alguém telefonou para mim? 

 CAMPOS, Paulo Mendes. Para gostar de ler. São Paulo: Ática, v.2, p. 35. ______________________________________________________

14-No trecho “Cavalheiro, aqui não trabalha nenhum Valdemar” (ℓ. 7), o emprego do termo sublinhado sugere que o personagem, no contexto:

 (A) era gentil. 
 (B) era curioso. 
 (C) desconhecia a outra pessoa. 
 (D) revelava impaciência. 

 TEXTO 16 

 A CHUVA

 A chuva derrubou as pontes. A chuva transbordou os rios. A chuva molhou os transeuntes. A chuva encharcou as praças. A chuva enferrujou as máquinas. A chuva enfureceu as marés. A chuva e seu cheiro de terra. A chuva com sua cabeleira. A chuva esburacou as pedras. A chuva alagou a favela. A chuva de canivetes. A chuva enxugou a sede. A chuva anoiteceu de tarde. A chuva e seu brilho prateado. A chuva de retas paralelas sobre a terra curva. A chuva destroçou os guarda-chuvas. A chuva durou muitos dias. A chuva apagou o incêndio. A chuva caiu. A chuva derramou-se. A chuva murmurou meu nome. A chuva ligou o pára-brisa. A chuva acendeu os faróis. A chuva tocou a sirene. A chuva com a sua crina. A chuva encheu a piscina. A chuva com as gotas grossas. A chuva de pingos pretos. A chuva açoitando as plantas. A chuva senhora da lama. A chuva sem pena. A chuva apenas. A chuva empenou os móveis. A chuva amarelou os livros. A chuva corroeu as cercas. A chuva e seu baque seco. A chuva e seu ruído de vidro. A chuva inchou o brejo. A chuva pingou pelo teto. A chuva multiplicando insetos. A chuva sobre os varais. A chuva derrubando raios. A chuva acabou a luz. A chuva molhou os cigarros. A chuva mijou no telhado. A chuva regou o gramado. A chuva arrepiou os poros. A chuva fez muitas poças. A chuva secou ao sol. 

ANTUNES, Arnaldo. As coisas. São Paulo: Iluminuras, 1996. ______________________________________________________

 15-Todas as frases do texto começam com "a chuva". Esse recurso
 é utilizado para 

 (A) provocar a percepção do ritmo e da sonoridade.
 (B) provocar uma sensação de relaxamento dos sentidos. 
 (C) reproduzir exatamente os sons repetitivos da chuva. 
 (D) sugerir a intensidade e a continuidade da chuva.

 TEXTO 17 

Pressa Só tenho tempo pras manchetes no metrô
E o que acontece na novela 
Alguém me conta no corredor 
Escolho os filmes que eu não vejo no elevador
Pelas estrelas que eu encontro na crítica do leitor Eu tenho pressa e tanta coisa me interessa 
Mas nada tanto assim Eu me concentro em apostilas coisa tão normal Leio os roteiros de viagem enquanto rola o comercial Conheço quase o mundo inteiro por cartão-postal 
Eu sei de quase tudo um pouco e quase tudo mal 
Eu tenho pressa e tanta coisa me interessa mas nada tanto assim

 Bruno & Leoni Fortunato. Greatest Hits’80. WEA. ______________________________________________________

 16-Identifica-se termo da linguagem informal em 

(A) “Leio os roteiros de viagem enquanto rola o comercial.” (v. 14-15) 
(B) “Conheço quase o mundo inteiro por cartão postal!” (v. 16-17) (C) “Eu sei de quase tudo um pouco e quase tudo mal.” (v. 18-19) (D) “Eu tenho pressa e tanta coisa me interessa mas nada tanto assim.” (v. 20-21)